segunda-feira, 10 de março de 2008

Bem vindos todos... Criámos este espaço para que, enquanto dá asas à sua veia poética possa saber que automóveis estão no mercado... Em conjunto com um reputado comerciante de automóveis e uma conceituada livraria de Lisboa, vamos tentar oferecer-vos um serviço nunca visto no Mundo, nem mesmo na Europa! Divirtam-se, e bons negócios!

39 comentários:

Anónimo disse...

Caros Poetas,
Hehehe... A ver se é desta que consigo trocar o meu Mini por um poema do Fernando Pessoa... Já sabem... Eu tenho o Mini; quem tiver o poema que apite...
Inté

Joana Freud... disse...

Mano Vasco e (seduzo eu) FVC,
lindoooooooo!!!!!!!!!!
Estou morta por ver isto rolar...
Beijinhos e... felicidades, sim?
Joana

Branca disse...

Ena Vasco,
Que divertido!
Logo hoje que tive um dia...Uf! Até adormeci de cansaço e só descobro esta pérola agora!
Tenho que ir de novo para a caminha, mas volto...
Hi! Hi! Hi!
Vou-me a rir...
Bejinho
Branca

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Ora bem

Aqui fica o meu primeiro texto para trocar por um Smart. Alguém interessado?

Zé Tomaz

Sê Cuidadoso

Caminha placidamente entre o ruído e a pressa. Lembra-te de que a paz pode residir no silêncio.

Sem renunciares a ti mesmo, esforça-te por seres amigo de todos.

Diz a tua verdade quietamente, claramente.

Escuta os outros, ainda que sejam torpes e ignorantes; cada um deles tem também uma vida que contar.

Evita os ruidosos e os agressivos, porque eles denigrem o espírito.

Se te comparares com os outros, podes converter-te num homem vão e amargurado: sempre haverá perto de ti alguém melhor ou pior do que tu.

Alegra-te tanto com as tuas realizações como com os teus projectos.

Ama o teu trabalho, mesmo que ele seja humilde; pois é o tesouro da tua vida.

Sê prudente nos teus negócios, porque no mundo abundam pessoas sem escrúpulos.

Mas que esta convicção não te impeça de reconhecer a virtude; há muitas pessoas que lutam por ideais formosos e, em toda a parte, a vida está cheia de heroísmo.

Sê tu mesmo. Sobretudo, não pretendas dissimular as tuas inclinações. Não sejas cínico no amor, porque quando aparecem a aridez e o desencanto no rosto, isso converte-se em algo tão perene como a erva.

Aceita com serenidade o cortejo dos anos, e renuncia sem reservas aos dons da juventude.

Fortalece o teu espírito, para que não te destruam desgraças inesperadas.

Mas não inventes falsos infortúnios.

Muitas vezes o medo é resultado da fadiga e da solidão.

Sem esqueceres uma justa disciplina, sê benigno para ti mesmo. Não és mais do que uma criatura no universo, mas não és menos que as árvores ou as estrelas: tens direito a estar aqui.

Vive em paz com Deus, seja como for que O imagines; entre os teus trabalhos e aspirações, mantém-te em paz com a tua alma, apesar da ruidosa confusão da vida.

Apesar das tuas falsidades, das tuas lutas penosas e dos sonhos arruinados, a Terra continua a ser bela.

Sê cuidadoso.


Luta por seres feliz.

Branca disse...

Olá meninos,
Ena Zé Tomaz! Esta sabedoria toda aqui acima merece um Avião a jacto e não um Smart!
Estreei-me muito mal nesta intelectualidade, escapou-me acima um i no beijinho e que vergonha escrevi "descobro", não posso crer...já não tenho idade para noitadas, àquelas horas já não vejo uma letra à minha frente.
Voltarei para aprender convosco.
Mil beijinhos

Anónimo disse...

E não é que existe mesmo!!!!
Boa, boa...

Agora estou um pouco fraquita de inspiração, mas tentarei voltar com algum contributo para ver se ganho um mini (nem que seja da Dinky Toys - será que a marca ainda existe?)

Paula

Anónimo disse...

Mano Vasco,

Pois é já estava a dizer que não conseguia entrar mas era nabice minha.

Agora é que vão ser elas a locomotiva rola por todos os lados.

Vais levar comigo com aquela força, e não existe um Mini ou uma Mini que me escape

Pedro Ventura

Anónimo disse...

Olha fui o 7º sabes bem o que quer dizer .

PV

Anónimo disse...

Vasco

Gostaria de dar a minha humilde colaboração, neste monumento dedicado á poesia mundial, enviando o que de melhor se fez em Portugal,depois dos Lusiadas!!!!

SEI QUEM ELE É
ELE É BOM RAPAZ
UM POUCO TÍMIDO ATÉ
VIVIA NO SONHO DE ENCONTRAR O AMOR
POIS SEU CORAÇÃO PEDIA MAIS,
MAIS CALOR

ELA APARECEU
E A BELEZA DELA
DESDE LOGO O PRENDEU
GOSTAM UM DO OUTRO E AGORA ELE DIZ
QUE ALCANÇOU NA VIDA O MAIOR BEM,
É FELIZ.

SÓ PENSA NELA
A TODA A HORA
SONHA COM ELA
P'LA NOITE FORA
CHORA POR ELA
SE ELA NÃO VEM

SÓ FALA DELA
CADA MOMENTO
VIVE COM ELA
NO PENSAMENTO
ELE SEM ELA
NÃO É NINGUÉM

SEI QUEM ELE É
ELE É BOM RAPAZ
UM POUCO TÍMIDO ATÉ
VIVIA NO SONHO DE ENCONTRAR O AMOR
POIS SEU CORAÇÃO PEDIA MAIS,
MAIS CALOR

ELA APARECEU
E A BELEZA DELA
DESDE LOGO O PRENDEU
GOSTAM UM DO OUTRO E AGORA ELE DIZ
QUE ALCANÇOU NA VIDA O MAIOR BEM,
É FELIZ.

SÓ PENSA NELA
A TODA A HORA
SONHA COM ELA
P'LA NOITE FORA
CHORA POR ELA
SE ELA NÃO VEM

SÓ FALA DELA
CADA MOMENTO
VIVE COM ELA
NO PENSAMENTO
ELE SEM ELA
NÃO É NINGUÉM
ELE SEM ELA
NÃO É NINGUÉM
ELE SEM ELA
NÃO É NINGUÉM

BEIJOS E ABRAÇOS A ESTE NOVO ESPAÇO,sem não deixar no entretanto de anunciar que tenho um Honda em optimo estado á venda e baratinho,do mais velho
João Ventura

Branca disse...

Mas que maravilha, já chegaram cá os manos Ventura e não é que desta vez o mais velho não se fica? Rola logo atràs do irmão mais novo! E que colaboração fantástica!
Pedro adorei esse seu entusiasmo de se atirar aqui com toda a força, atràs do Mini ou da Mini ou seja do que fôr, o menino vai arrematar todos os carrinhos que estiverem neste mercado.
Até logo pequenos, estou ainda na hora de trabalho e isto é pouco inspirador.
Volto
Beijinhos.

ana cortez de lobão disse...

Passo por aqui e confirmo que existe. E cá estamos todos nós à vez...
Ó Vasco, já que deixas esta "aberta" aproveito e vou por à venda o meu rolls corniche...quem sabe alguem aparece interessado;

Obrigada, sim!?

ACL

Anónimo disse...

Grande Zé Tomaz e a DESIDERATA!

Procuro um Renault 5. tenho sonetos prá troca...

MT

Anónimo disse...

Aqui vai invado

Há um caminho marítimo no meu gostar de ti.
Há um porto por achar no verbo amar
há um demandar um longe que é aqui.
E o meu gostar de ti é este mar.

Há um Duarte Pacheco em eu gostar
de ti. Há um saber pela experiência
o que em muitos é só um efabular.
Que de naugrágios é feita esta ciência

que é eu gostar de ti como um buscar
as índias que afinal eram aqui.
Ai terras de Aquém-Mar (a-quem-amar)

naus a voltar no meu gostar de ti:
levai-me ao velho pinho do meu lar
eu o vi longe e nele me perdi.

Leonor Antunes

Branca disse...

Leonor,estou a sentir-me pequenina, eu é que me perdi nestes versos. O Mar novamente...o mar associado ao amor...Estou sempre a redescobrir Manuel Alegre.

E para quando um poema dos autores do blog? Só ficam na plateia a assistir?
Esperamos.
Durmam bem
Beijinhos

Anónimo disse...

Continuando com o mote do mar, aqui vai a minha modesta contribuição (não tenho é nenhum carro para venda....)

VOZES DO MAR

Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d'oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...

Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?

Tens cantos d'epopeias? Tens anseios
D'amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!

Donde vem essa voz, ó mar amigo?...
... Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!

Paula

Anónimo disse...

Bom Dia

Ent�o e muito bem Branca pergunta autores deste blog sentados e n�o fazem nada.

Pois eu sou mais um homem dos seguros actividade importante deste Pa�s e fa�o um seguro com Danos Pr�prios para um Smart por 150�/ano.

Pedro Ventura

Anónimo disse...

O MAR E EU
hoje eu acordei e desandei,
a pequenos passos,
corri de mim,
dei 3 passos pra trás,
nem olhei o que estava por vir.

hoje resolvi partir,
deixei a porta de casa aberta,
dei um troco a mais,
pensei no que você me diz :
na noite passada resolvi dormir um pouco mais.

hoje li o jornal devagar,
bebi bem pouco,
joguei o lixo fora,
fiz a barba,
até fui rezar.

hoje ouvi aquela música,
aquela que nos faz chorar,
sequei as lagrimas,
reguei as plantas da sala,
varri toda casa,
fingi dançar.

hoje respirei bem fundo,
telefonei,
deixei beijos e abraços pra todo mundo,
fotografei cada segundo.

hoje flutuarei no ar,
não tenho asas,
os passaros só irão me observar.

hoje meu amor,
resolvi me juntar ao mar.

Este é dedicado ás AMANTES DO MAR!!!do mais velho

João Ventura

Branca disse...

Meu querido amigo JV,
O "menino" não queria ser mano, mas agora está mais que mano, é um mano-gémeo. Quando nos encontrarmos tem que me dizer qual é a Antologia onde vai buscar os poemas, são do melhor que há, excelente bom gosto nas escolhas.
Este vai hoje para a minha mesinha de cabeceira, tem que ser lido e relido e meditado e quem sabe irá para o meu blog se descobrir o autor.
Obrigada por o ter dedicado às amantes do MAR.
Logo volto.
Beijinhos

iw disse...

Brancamar, será Rodrigo Oliveira?

Beijos
Isabel

paulac disse...

Poema espectacular! É para ler, reler e ser digerido devagarinho.
Gostei muitoooooooo......

Paula Cortes

Anónimo disse...

VascoG disse

Xiiiiii Mano Velho... Esta toca, e toca com força... Onde é que desencataste esta beleza? Assim... Sim...
Já posso dormir... já nadei...

(a ver se não acordo todo molhado)

Love you ma men!
VG

Anónimo disse...

Mais Velho parabéns que inspiração

PV

Anónimo disse...

CATEDRAL II

Para que eles não fiquem tristes, este é dedicado ao pessoal maravilhoso do "Café IN"




Canoa de vela erguida,
Que vens do Cais da Ribeira,
Gaivota, que andas perdida,
Sem encontrar companheira

O vento sopra nas fragas,
O Sol parece um morango,
E o Tejo baila com as vagas
A ensaiar um fandango

[refrão:]
Canoa,
Conheces bem
Quando há norte pela proa,
Quantas voltas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem

[1:]
Canoa,
Por onde vais?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais

Canoa de vela panda,
Que vens da boca da barra,
E trazes na aragem branda
Gemidos de uma guitarra

Teu arrais prendeu a vela,
E se adormeceu, deixa-lo
Agora muita cautela,
Não vá o mar acordá-lo

E sentado na Gaivota me vou deitar, dado que a guerra de ontem foi tremenda!!!!!!

BEIJOS E ABRAÇOS ,do mais velho

João Ventura

Anónimo disse...

CATEDRAL II

Para que eles não fiquem tristes, este é dedicado ao pessoal maravilhoso do "Café IN"




Canoa de vela erguida,
Que vens do Cais da Ribeira,
Gaivota, que andas perdida,
Sem encontrar companheira

O vento sopra nas fragas,
O Sol parece um morango,
E o Tejo baila com as vagas
A ensaiar um fandango

[refrão:]
Canoa,
Conheces bem
Quando há norte pela proa,
Quantas voltas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem

[1:]
Canoa,
Por onde vais?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais

Canoa de vela panda,
Que vens da boca da barra,
E trazes na aragem branda
Gemidos de uma guitarra

Teu arrais prendeu a vela,
E se adormeceu, deixa-lo
Agora muita cautela,
Não vá o mar acordá-lo

E sentado na Gaivota me vou deitar, dado que a guerra de ontem foi tremenda!!!!!!

BEIJOS E ABRAÇOS ,do mais velho

João Ventura

ana cortez de lobão disse...

Bolas!? Será que não há aqui ninguem que queira comprar um rolls? Tá baratinho, a sério...
A parte dos poemas fica para os craques, para os verdadeiros conhecedores nesta matéria;
eu é mais carros...

Aguardo, sim!? Obrigado, sim!?

ACL

Anónimo disse...

BOM DIA CATEDRALII

Este é dedicado a todas as Rosas deste blog que passaram a ser minhas fans, embora plagiando....

Rosa.
Chamam-te Rosa, minha preta formosa,
E na tua negrura
Teus dentes se mostram sorrindo.
Teu corpo baloiça, caminhas dançando,
Minha preta formosa, lasciva e ridente
Vais cheia de vida, vais cheia de esperança
Em teu corpo correndo a seiva da vida
Tuas carnes gritando
E teus lábios sorrindo...
Mas temo a tua sorte na vida que vives,
Na vida que temos...
Amanhã terás filhos, minha preta formosa
E varizes nas pernas e dores no corpo;
Minha preta formosa já não serás Rosa,
Serás uma negra sem vida e sofrente,
Serás uma negra
E eu temo a sua sorte.
Minha preta formosa não temo a tua sorte,
Que a vida que vives não tarda a findar...
Minha preta formosa, amanhã terás filhos
Mas também amanhã...
... amanhã terás vida!

BOM FIM DE SEMANA A TODA ESTA CATEDRALII,do mais velho

João Ventura

PS:para a semana há mais!!!!

Branca disse...

E como o João Ventura não se cansa de oferecer belos poemas, umas vezes às AMANTES DO MAR, outras ao pessoal do "CAFÉ IN" e por último às ROSAS suas fãs, aproveito a embalagem dos versos finais de Amilcar Cabral e ofereço a estes meninos-manos da Catedral II, já com autor incluido e tudo este belo poema de um professor Universitário do Porto:

GALATEIA

Nas tuas mãos calosas e gretadas,
nos dedos sem anéis que tu me estendes,
nas unhas, que não tens envernizadas,
nos lábios sem baton com que me prendes,
nas rugas que sorriem, já cansadas,
ou nos olhos sem rimel, inda acendes
fogueiras de volúpias, partilhadas
por cândidos cupidos e duendes.

No teu corpo sem creme nem pintura
há uma graça natural, que o dia-a-dia
dum intenso trabalho edificou.

Duvido se és mulher, se és escultura,
tais são as proporções e a harmonia
que em teu corpo o trabalho combinou.

FERNANDO PEIXOTO


Lamento mas nã tenho carros a mais para vender, só tenho o meu Cliozito que me faz muita falta para trabalhar e ir às compras.

iw disse...

Brancamar,

Lindíssimo este poema!
*****
Beijos
Isabel

Anónimo disse...

Gostei muito deste poema, vamos ao fim de semana com a força toda

Mano Vasco como é anado por aí e tu nada.Cansado olha esforça que não faz mal nenhum

Bom fds do PV aqui ainda não acho que mereça ser Locomotiva

Anónimo disse...

Bom Dia,

Adoro este poema:

Poema com h pequeno

Cantarei o homem criador crucificado
em suas máquinas. Caçador caçado
por suas armas. Tocador tocado
por suas harpas.
Cantarei o homem vezes homem até ao infinito.
Cantarei o homem: esse mortal-imortal
meu amigo-inimigo. Meu irmão.

Cantarei o homem que transforma tudo
e tão dificilmente se transforma.
Ele que se escreve com h pequeno
em todas as coisas que são grandes.

Cantarei o homem no plural.
Ele que é tão singular
tão impossível de ser outro
senão ele próprio: o homem.

Cantarei o homem vezes homem até à massa.
Cantarei a massa vezes massa até ao homem.
Porque não sei de outra guerra. Não sei de outra paz.
Não sei de outro poema que não seja o homem.

Leonor Antunes

Anónimo disse...

Boa tarde apreciadores de poesia.

É difícil competir com a qualidade dos textos que aqui têm deixado! Estão a colocar a fasquia muito alta....

Segue o meu contributo para o fim de semana:

O POEMA ORIGINAL

Original é o poeta
que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutra espasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse ao abismo
e faz um filho às palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever em sismo.
Original é o poeta
de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um
por todos a quem a sorte
faz devorar em jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.
Original é o poeta
expulso do paraíso
por saber compreender
o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes.
Original é o poeta
que chega ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia
como se fosse mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.

Paula

Branca disse...

Muito bem Paula, trouxe-nos um grande poeta, pena ter morrido tão novo e ter sido conhecido pela maioria só pelas canções, porque tem textos geniais muito para além das bonitas letras que foram musicadas. Aqui um:

Kyrie

Em nome dos que choram,
Dos que sofrem,
Dos que acendem na noite o facho da revolta
E que de noite morrem,
Com a esperança nos olhos e arames em volta.
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz que nunca foram ditas,
Em nome dos que rezam em silêncio
E falam em silêncio
E estendem em silêncio as duas mãos aflitas.
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e os destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói.
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo.
Em nome dos teus filhos que esqueceste,
Filho de Deus que nunca mais nasceste,
Volta outra vez ao mundo!


José Carlos Ary dos Santos

Anónimo disse...

Fantástico poema Branca!
Palavras fortes e intemporais!
(Até estou com pele de galinha...)

Um beijinho
Paula

Salvador Vaz da Silva disse...

Mano Vasco:

É a terceira vez que venho ao teu blog para deixar um grande abraço e dizer-te que a ideia é excelente e seguramente votada ao sucesso. Parabens!!!

Se conseguir que este comentário entre passarei a vir tanto quanto me apetece, ou seja, todos os dias.

Um grande abraço e boa sorte,

Salvador

Anónimo disse...

BOA NOITE CATEDRAL II

Este é para a Prima Lobona que diz não perceber nada de poesia(?), mas de automoveis!!!!!!!!!!



-"Essa é umas das muitas histórias
Que acontecem comigo
Primeiro foi Suzy
Quando eu tinha lambreta
Depois comprei um carro
Parei na contra-mão
Tudo isso sem contar
O tremendo tapa que eu levei
Com a história
Do Splish Splash
Mas essa história
Também é interessante"

Mandei meu Cadillac
Pr'o mecânico outro dia
Pois há muito tempo
Um conserto ele pedia
E como vou viver
Sem um carango prá correr
Meu Cadillac, bi-bi
Quero consertar meu Cadillac
Bi Bidhu! Bidhubidhu Bidubi!...

Com muita paciência
O rapaz me ofereceu
Um carro todo velho
Que por lá apareceu
Enquanto o Cadillac
Consertava eu usava
O Calhambeque, bi-bi
Quero buzinar o Calhambeque
Bi Bidhu! Bidhubidhu Bidubi!...

Saí da oficina
Um pouquinho desolado
Confesso que estava
Até um pouco envergonhado
Olhando para o lado
Com a cara de malvado
O Calhambeque, bi-bi
Buzinei assim o Calhambeque
Bi Bidhu! Bidhubidhu Bidubi!...

E logo uma garota
Fez sinal para eu parar
E no meu Calhambeque
Fez questão de passear
Não sei o que pensei
Mas eu não acreditei
Que o Calhambeque, bi-bi
O broto quis andar
No Calhambeque
Bi Bidhu! Bidhubidhu Bidubi!...

E muitos outros brotos
Que encontrei pelo caminho
Falavam: "Que estouro
Que beleza de carrinho"
E fui me acostumando
E do carango fui gostando
E o Calhambeque, bi-bi
Quero conservar o Calhambeque
Bi Bidhu! Bidhubidhu Bidubi!...

Mas o Cadillac
Finalmente ficou pronto
Lavado, consertado
Bem pintado, um encanto
Mas o meu coração
Na hora exata de trocar
Aha! Aha! Aha! Aha! Aha!
O Calhambeque, bi-bi
Meu coração ficou com
O Calhambeque
Bi Bidhu! Bidhubidhu Bidubi!...

Roberto Carlos

BJS E ABRAÇOS, do mais velho

João Ventura

Anónimo disse...

Mano Vasco

Escrevo aqui ao ler o teu comentário no Blog do Mano Salva

Po... que cansado podias estar, mas gostei mesmo o Meu Amigo botou da pena e caraças maravilha.

Sabes às vezes páro penso com os meus botões que sorte tenho na vida de poder estar com este Mar ou pessoalmente ou aqui

Abraços

Locomotiva

Branca disse...

Fantástico João,
Tem soluções em verso para todos os gostos e uma generosidade enorme para procurar essas soluções.
Tenho aqui dois livros de poesia sobre Angola à minha frente onde desde o princípio da noite procurei em vão algo para lhe oferecer a si e ao seu irmão.
Acabei a noite sem encontrar o que queria, porque são muito lindos mas dramáticos, escritos por Frei Manuel Rito Dias, da Paróquia de S. Francisco, em Luanda.
Voltarei quando tiver algo que nos fale de buganvílias, das cores e dos cheiros de África.
Beijinhos

Anónimo disse...

BOM DIA CATEDRALII

Não podia deixar de agadecer todos os mimos,comentários e elogios que a minha querida amiga Branca me tem feito aqui todos os dias,penso que sem o merecer.Continuarei a tentar merece-los.

V.G. tambem te queria dizer que sou um adepto muito grande desta tua ideia pelas seguintes razões:
-Podemos dar mais facilmente azo á nossa costela brincalhona e como tu bem sabes o que eu tanto gosto dela.
-Podemos encaixar aqui mais facilmente temas e bricadeiras que seriam mais dificeis de pôr na CATEDRALI.

Por fim nem preciso de elogiar toda a tua brilhante carreira no meio da restauração, pois tu já sabes a minha opinião há muitos anos.....Muitos, mas muitos parabens!!!!

BJS E ABRAÇOS A TODA A CATEDRAL II, do mais velho
João Ventura

ana cortez de lobão disse...

Pró mano velho João Ventura/Gabiru!
Adorei o "calhambeque" do Roberto Carlos! Obrigado.
Isto aqui é tudo gente de alto gabarito...nem me atrevo à poesia...
E negócios? Como vamos de negócios? Prós negócios é que nepias...
Aguardo pelas oportunidades...
Lobão